Ninguém nasce pronto

No corpo ou na alma, não importa
Física, emocional, mental e espiritual
Ninguém nasce pronto


Viver é lapidar coração, alma e mente
Ou antes, ser lapidado por Deus
Sim, nas mãos de Deus
Somos como barro nas mãos do oleiro

Viver é se deixar lapidar por Deus
É, por meio do Espírito
Compreender o próprio caminho
E descobrir a própria vida
Vencendo pelo bom ânimo
E pela força dos sonhos
As aflições e tribulações do dia a dia
Indo sempre em frente, determinado
Como um rio
Às vezes - correndo
Às vezes - lentamente
Às vezes - profundo
Outras vezes - límpido e transparente
E ainda  - algumas poucas vezes 
Solitário, distante e silencioso
Nunca, porém, estagnado ou pantanoso
Indo sempre numa mesma e longa direção
Cruzando florestas, atravessando desertos
Contornando montes e montanhas
Mas desaguando sempre em Deus
Onde, unicamente pela fé
Mediante o amor e a esperança
Encontramos vida plena e pacífica
E podemos - finalmente
Depois de tantas lutas
Sem medo ou culpa, descansados
Olhar de frente o espelho da história
Da nossa passagem pelo mundo
E reconhecer - através dos nevoeiros
E noites escuras que atravessamos
E feras que enfrentamos, lutamos e vencemos
Que jamais estivemos sozinhos no processo
De construção, lapidação e compreensão de nossa vida
Mas que Deus mesmo, todo dia, o tempo todo, andou com nós

Sim, sabemos disso e nisso cremos
Deus nunca nos abandona
Como um pai que toma o filho pela mão
Nos dias de esgotamento e cansaço
Quando, perplexos, incompreendidos e perseguidos
As nossas forças se esgotam e cada nervo de nosso corpo
Grita de aflição e dor e leões andam ao nosso derredor
Ameaçando nos devorar e de joelhos, imploramos ao céu
Algum socorro e salvação, nunca ficamos sozinhos e abandonados

Em todo o tempo, quando o choro é constante
E a alegria não abunda e a as noites são escuras
Ameaçadoras, solitárias e frias
E em cada canto só há incompreensão, incerteza e dúvida
Ele nos conduz por caminhos seguros e nos salva da fúria da escuridão
Ele nos fortalece, nos forja e nos leva por caminhos de paz
Alegria e esperança, onde, finalmente, pelo seu cuidado
Descansando sob a onipotente proteção de suas asas
Nos tornamos o que nascemos para ser: filhos do Deus altíssimo

Porque aquele que teceu o nosso ser
Ainda no ventre de nossa mãe
E recobriu os nossos ossos
Com tendões e músculos
Ainda hoje, agora mesmo
É o mesmo Deus que forja a nossa vida
No curso dos nossos dias, meses, anos e décadas...
_VBMello



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